quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Crise no Petróleo / Estagnação : Cursos Profissionalizantes

As medidas atuais do governo vêm causando crise nas indústrias e, consequentemente, devem refletir em novas demissões coletivas, nos mais diversos setores do país.
Essa geração em cadeia pode trazer uma recessão a curto prazo. Todos os indícios nos levam a isto. Ainda não se sabe quando e nem em qual proporção, mas as pesquisas e projeções comprovam: em 12 anos com bons níveis de empregabilidade, a média de pessoas empregadas no país já caiu em 2014, segundo o IBGE, e que deve permanecer em queda este ano.


Essa falta de vagas tem uma relação direta com os cursos profissionalizantes, já que será mais difícil encontrar estágios, e por consequência, trabalho para milhares de alunos. 
Ainda conforme a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, divulgada no final de janeiro, essa diminuição no número de pessoas empregadas foi de 0,1% em relação a 2013, fato que já nos mostra que as empresas estão fechando vagas aos poucos. 
Grandes setores, como as montadoras automotivas, por exemplo, já encaram demissões coletivas, resultado da queda das vendas e exportações, segundo a FIESP, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. As montadoras já foram responsáveis pelo fechamento de 23 mil vagas, apenas em 2014. E para piorar, as previsões não são positivas, já que com a baixa nas vendas e o elevado custo de produção a situação não parece ter como melhorar nos próximos meses.
Não só a indústria automotiva está sendo afetada, mas também as farmacêuticas, têxtil e metalúrgicas trazem previsões desanimadoras, já que existe uma grande possibilidade do cenário piorar, caso haja, realmente, um racionamento de recursos como água e energia elétrica. Além disso, outras 128 mil vagas de emprego foram perdidas na indústria de transformação. 
Preocupação também com a indústria petroquímica, que há alguns anos era considerada uma área promissora para uma carreira estável, enfrenta um momento incerto devido à queda do petróleo e crise que abalou a estrutura da Petrobrás. 
Dezenas de postos de trabalho são fechados a cada plataforma de petróleo que se desloca para o exterior e só na região de Macaé, Norte do Brasil, o Sindicato dos Trabalhados Offshore, estima-se que  cerca de duas mil demissões já tenham sido homologadas nos últimos seis meses. Esse sindicato representa os empregados das empresas privadas/terceirizadas que prestam  serviços nas plataformas de petróleo em alto mar, bem como nas atividades fins e meio nas bases de apoio e unidades operacionais.
Alerta também para os profissionais da construção civil, já que a cada dia tem grande redução nos investimentos de infraestrutura, devido à Operação Lava Jato - em que grandes construtoras envolvidas perderam o crédito nesse escândalo - além da queda na taxa de investimento na economia. 
O fechamento de vagas de trabalho está diretamente ligado às medidas provisórias do Governo Federal para conter a inflação: aumento da Selic, aumento de tributos sobre combustíveis, importados e operações de crédito. Porém, desacelerar o crescimento do país e elevar o índice de desemprego não pode ser o resultado pago para conter a inflação. Mas, infelizmente, o caminho que começou a ser traçado está nos levando para este fim. Resta saber quando e quantos irão pagar esta conta!

Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/596143/estagnacao-economica-pode-gerar-desemprego-em-futuro-proximo

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